domingo, 20 de janeiro de 2013

Branca de Neve e o Caçador



Eis que a onda de readaptações de clássicos da literatura varre Hollywood! Vão-se Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, os próprios irmãos Grimm (?!) e agora Branca de Neve, que em 2012 chegou em dose dupla com o agradável e ingênuo Espelho, Espelho Meu e o filme em questão, o sombrio e tecnicamente épico Branca de Neve e o Caçador.
O trailer animava, mas a ideia de ter mais um filme com Kristen Stewart indecisa sobre dar seu coraçãozinho a dois bonitões já tava enchendo. Mas, por causa da proposta, lá vamos nós assistir ao filme!
E, meus caros, digo-lhes que o resultado final é bem bacana!
Primeiramente, que a trama é muito original e diferente das histórias da branquela divulgadas por aí. O filme do novato (e talentoso) Rupert Sanders é sombrio, violento (não graficamente falando, lembre-se que este filme deseja atrair as atenções das famintas fãs de Crepúsculo e Cia.) e - pásmem - épico!


Sim, conseguiram dar uma profundidade imensa à trama! A personagem da Rainha Ravenna é muito bem escrita, carismática, maligna. E eu que sempre considerei a Charlize Theron um rostinho bonito no cinema (perdoem-me, nunca assisti Monster), tenho me impressionando. Ela é a melhor em cena, assim como a mais bela (não entendi como a Branca de Neve de Stewart é a mais linda do reino, mas "vamos'imbora"!

 A trama pega um pouco da história base. Está lá a Rainha do bad, o espelho (retratado aqui de forma bela e criativa), a mocinha (que aqui ganha ares messiânicos), o príncipe, o caçador (que deixa de ser um zero à esquerda de coração mole para ser um dos bonitões da trama e certamente o personagem masculino mais interessante, embora não tão bem trabalhado) e os oito (?!) anões. É isso mesmo, oito. Sem perguntas.


Pelo o que vimos acima, os personagens são os mesmos e coisa e tal, só que o longa de Sanders adiciona ares "tolkien" à trama, colocando trolls, criaturas da floresta e um bambi branco, tipo aquele que os irmãos Pervensie perseguem no fim de O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa. Não lembra? Tudo bem.
A fotografia do filme é belíssima, locações reais muito bem aproveitadas. O figurino é soberbo. O filme consegue ser estiloso demais! O roteiro tem suas "soluções mágicas" para alguns probleminhas, mas pra um filme do cinema high concept a trama é até bem resolvida. Os alívios cômicos (e o carisma que falta nos personagens masculinos da trama) são jogados para os anões, que dão um show imenso e roubam todas as cenas em que aparecem!
Stewart trabalha bem, convence. Sua Branca de Neve tá mais pra Joana D'Arc, ela não é aquela princesinha com um modo Disney de viver. Theron dá um show, Chris Hemsworth e Sam Claflin cumprem seus papéis, no pseudo-triângulo amoroso. Há uma leve tensão entre os três, nada mais. Um alívio!
Efeitos especiais muito bem trabalhados, cenas realmente bem dirigidas, um bom elenco e uma trama original para uma história tão batida, garantem pontos positivos para o filme. Tem seus defeitos? Sim, certamente. Mas se essa nova onda de readaptações seguirem a linha proposta por Sanders, serão muito bem-vindas pela minha pessoa.

NOTA MECÂNICA: 8,0

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