segunda-feira, 14 de maio de 2012

Karatê Kid: A Hora da Verdade


É absurdamente real o valor que os filmes têm em diferentes épocas da história secular. Em alguns casos, quando o filme estréia, é um imenso sucesso, e, com o passar dos anos, se vê que ele não é tão espetacular, que há falhas no elenco, ou efeitos especiais fracos, daqueles que a gente pensa “puxa, como aquela maquiagem pode me enganar”, ou “nossa, como essa cena foi mal-feita e eu não percebia!”. Ou às vezes, o filme estréia sem o mínimo de sucesso, e com o passar dos tempos, com a mudança da época, se aprecie mais a película, vendo-a como um grande clássico. Até hoje, quero entender em qual destes Karatê Kid  – A Hora da Verdade se encaixa.
Após ser grande sucesso nos cinemas e entre o público jovem e adolescente (principalmente dos nerds, que apanhavam no colégio e não conseguiam fazer com que as meninas se apaixonassem por eles), o filme, aqui no Brasil, virou “Clássico da Sessão da Tarde”, sendo exibido várias vezes e tornando-se um fardo entre o novo público jovem, que diferentemente do da década de 80, hoje, assiste filmes mais maduros e pesados, variando de Jogos Mortais (como exemplo do que eles chamam de “terror” ) a Crepúsculo (o que eles chamam de “romance” ). Junto deste novo público, o filme, na maioria das vezes, é mais um filme para manés, “velho, fraco e sem efeitos especiais. Nem sangue tem!”, é o que devem pensar.
Há ainda um público mais velho, que acompanhou o original e suas inúmeras continuações (chegando até o quarto, em que nem mais Daniel Larusso existe, mas uma garota) e chamam o filme de clássico, dizendo que ele serve para lembrá-los de sua infância. De fato, para mim, o filme é um clássico. Mas não para lembrar épocas antigas. O filme é um clássico para lembrar épocas em que filmes de luta não precisavam ter sangue, em que histórias de amor não precisavam ter cenas de sexo, para lembrar do antigo cinema, dos bons costumes, das boas mensagens, do bom e velho “ Daniel, pinte a cerca”! Para isso serve o filme! Para nos dar exemplo de como fazer filme que agrade crianças, jovens e adultos, para compararmos com hoje e ver no que erramos! Segue a sinopse:
 Daniel Larusso (Ralph Macchio) e sua mãe (Randee Heller) recentemente se mudaram de Nova Jersey para o sul da Califórnia. Porém, Daniel não consegue se ambientar em sua nova morada, até que conhece Ali Mills (Elisabeth Shue), uma garota atraente que gosta dele. Porém, a situação de Daniel se complica quando o ex-namorado de Ali, JohnnyLawrence (William Zabka) e sua gangue começam a atormentá-lo. Um dia, quando é cercado pela gangue de Johnny, ele é salvo por um Miyagi, um veterano japonês (Pat Morita) mestre na arte do karatê. Disposto a ajudar Daniel, Miyagi resolve passar-lhe os ensinamentos do karatê, para que ele possa se defender da gangue de Johnny.
O filme, tem direção de John G. Avildsen e roteiro de Robert Mark Kamen, e hoje é considerado sim, um clássico. A história, é original e fácil de ser identificada entre os jovens. O filme, já é esse clássico por si só e acho que não se precisa de refilmagens (embora o remake tenha sido excelente), continuações (embora as duas primeiras tenham sido boas) ou coisas do gênero.
Chegou o momento de vermos os filmes com outros olhos. Chegou o momento de saber apreciar os verdadeiros clássicos. Para mim, esta é “a hora da verdade”.

NOTA MECÂNICA: 7,5

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