Em uma cidadezinha norte-americana algo ‘assustador’ começa
a acontecer: mortes inexplicáveis por todos os lados, seja em casa, no mar ou
até mesmo no ar. E os responsáveis pelas mortes são... Tomates. Isso mesmo,
tomates. Tomates assassinos. Eles andam (ou melhor: rolam), conversam (mesmo
que não tenham boca), pulam e “assustam” (As aspas estão aqui porque só
assustam os moradores idiotas da cidadezinha).
“O Ataque dos Tomates
Assassinos” é uma pérola do cinema trash, que foi considerada o segundo pior filme do mundo (só perde
para Plano 9 do Espaço Sideral, de
Ed Wood). Lançado em 1978, com uma proposta de se obter um filme que misturasse
terror, suspense, comédia e – pásmem – musical, o filme fez muito sucesso. Negativo,
é claro!
E o que eu tenho a ver com a história? Nada, tirando o fato
de ter chegado cansado às 23:00 da noite de uma sexta-feita e ter inventado de
assistir algo “diferente” (Leia-se ruim) para variar e escrever uma crítica no
Pipoca. E cada segundo que passei assistindo aquela droga, caro leitor, foi por
sua causa. Foi para escrever esta crítica para te alertar sobre aquela
porcaria, ou até mesmo te indicar (sim, tem muita gente que como eu gosta de
filmes trash para relaxar um pouco).
Trash aliás, é o termo usado para designar estas pérolas da
sétima arte, que geralmente são filmes de baixo orçamento que buscam contar uma
história de terror ou ficção-científica, com péssimas atuações e péssimos
efeitos especiais. Às vezes, a história é boa e o negócio dá certo e vira cult
(como o primeiro “Evil Dead”) e às vezes vira uma droga que de tão ruim, acaba
sendo bom e vira cult também (Como os filmes do Zé do Caixão, Flash Gordon e
algumas dessas drogas que quem tem insônia tá acostumado a ver no Corujão). O
cinema trash é tão popular que tem gente que gosta mesmo e até faz disso uma
arte! A exemplo disso temos nosso amigo Robert
Rodriguez (diretor da saga Pequenos Espiões, Machete, Sin City e etc.) que
faz filmes trash de propósito e em 2007 se meteu em uma empreitada interessante
com nosso outro amigo Quentin Tarantino
para fazer dois bons trash, que fazem parte de uma série: Planeta Terror (Rodriguez) e À
Prova da Morte (Tarantino).
Mas falemos sobre os tomates. Gente, o filme é pavoroso. Mal
feito, mal dirigido e mal escrito. Parece que a intenção do infeliz do John de Bello era fazer
mesmo um filme ruim, visto que ele dirigiu, produziu e escreveu aquela...
coisa.
Um filme com idéia tão bizarra (tomates começam a matar as
pessoas a partir de quando ouvem uma música ruim que está na parada de sucesso
da rádio local) deveria ser melhor executado, ter mais efeitos, melhores
atuações para pelo menos ser... “assistível”. Mas não.
Gente, os tomates comem as pessoas sem terem boca! Eles
conversam sem terem boca! Andam sem terem pés! Eles pulam, nadam e comem! Sério
mesmo!
Personagens caricatos (há uma repórter chamada Lois. Em um
determinado momento da película, quando está fazendo uma investigação, ela se
depara com um homem de óculos de ele diz ‘Oi, Lois’ e ela ‘Oi, Clark’!) e nada
interessantes. Cenas musicais totalmente desnecessárias. O roteiro (escrito por
quatro pessoas!) é uma porcaria. O ritmo do filme cansativo: piadas sem-graça
que fazem os antigos filmes do Didi serem verdadeiras obras-prima do cinema de
comédia, frases que eram para ter efeito, situações caricatas e constrangedoras.
Parece que tudo o que se deve fazer para um filme dar errado foi jogado nesta
droga de enredo. O diretor de cinema mais jovem do mundo foi um garotinho
indiano de 8 anos de idade. Ele com certeza dirigiu algo melhor que isso.
Mas se você gosta de filme ruim, com roteiro bobo e todas
essas “qualidades” que descrevi algumas linhas atrás, não hesite em assisti-lo:
este filme é um prato cheio... de fezes! Com licença, mas agora vou assistir a
Annoyng Orange no You Tube que é melhor!
Momento que me fez Pipocar no filme: Um militar escolhido a
dedo pelo governo é um ‘mestre dos disfarces’, e adentra na base dos tomates
disfarçado de um e começa a conviver com eles. Em um momento, ele está sentado
ao lado de dois tomates junto a uma fogueira, comendo carne humana. Vira pros tomates e pergunta: “Alguém aí pode me passar o ketchup?”. Vomitei.
NOTA MECÂNICA: -1
NOTA MECÂNICA: -1
Cinematograficamente é uma bosta mesmo. Mas consegui ver muita crítica interessante ai, nada de novo, que já não tenha assistido em outros filmes, mas é legal. É tão ruim que fica bom. kkkk
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