domingo, 25 de março de 2012

O Ataque dos Tomates Assassinos



Em uma cidadezinha norte-americana algo ‘assustador’ começa a acontecer: mortes inexplicáveis por todos os lados, seja em casa, no mar ou até mesmo no ar. E os responsáveis pelas mortes são... Tomates. Isso mesmo, tomates. Tomates assassinos. Eles andam (ou melhor: rolam), conversam (mesmo que não tenham boca), pulam e “assustam” (As aspas estão aqui porque só assustam os moradores idiotas da cidadezinha).
O Ataque dos Tomates Assassinos” é uma pérola do cinema trash, que foi considerada o segundo pior filme do mundo (só perde para Plano 9 do Espaço Sideral, de Ed Wood). Lançado em 1978, com uma proposta de se obter um filme que misturasse terror, suspense, comédia e – pásmem – musical, o filme fez muito sucesso. Negativo, é claro!
E o que eu tenho a ver com a história? Nada, tirando o fato de ter chegado cansado às 23:00 da noite de uma sexta-feita e ter inventado de assistir algo “diferente” (Leia-se ruim) para variar e escrever uma crítica no Pipoca. E cada segundo que passei assistindo aquela droga, caro leitor, foi por sua causa. Foi para escrever esta crítica para te alertar sobre aquela porcaria, ou até mesmo te indicar (sim, tem muita gente que como eu gosta de filmes trash para relaxar um pouco).
Trash aliás, é o termo usado para designar estas pérolas da sétima arte, que geralmente são filmes de baixo orçamento que buscam contar uma história de terror ou ficção-científica, com péssimas atuações e péssimos efeitos especiais. Às vezes, a história é boa e o negócio dá certo e vira cult (como o primeiro “Evil Dead”) e às vezes vira uma droga que de tão ruim, acaba sendo bom e vira cult também (Como os filmes do Zé do Caixão, Flash Gordon e algumas dessas drogas que quem tem insônia tá acostumado a ver no Corujão). O cinema trash é tão popular que tem gente que gosta mesmo e até faz disso uma arte! A exemplo disso temos nosso amigo Robert Rodriguez (diretor da saga Pequenos Espiões, Machete, Sin City e etc.) que faz filmes trash de propósito e em 2007 se meteu em uma empreitada interessante com nosso outro amigo Quentin Tarantino para fazer dois bons trash, que fazem parte de uma série: Planeta Terror (Rodriguez) e À Prova da Morte (Tarantino).
Mas falemos sobre os tomates. Gente, o filme é pavoroso. Mal feito, mal dirigido e mal escrito. Parece que a intenção do infeliz do John de Bello era fazer mesmo um filme ruim, visto que ele dirigiu, produziu e escreveu aquela... coisa.
Um filme com idéia tão bizarra (tomates começam a matar as pessoas a partir de quando ouvem uma música ruim que está na parada de sucesso da rádio local) deveria ser melhor executado, ter mais efeitos, melhores atuações para pelo menos ser... “assistível”. Mas não.
Gente, os tomates comem as pessoas sem terem boca! Eles conversam sem terem boca! Andam sem terem pés! Eles pulam, nadam e comem! Sério mesmo!
Personagens caricatos (há uma repórter chamada Lois. Em um determinado momento da película, quando está fazendo uma investigação, ela se depara com um homem de óculos de ele diz ‘Oi, Lois’ e ela ‘Oi, Clark’!) e nada interessantes. Cenas musicais totalmente desnecessárias. O roteiro (escrito por quatro pessoas!) é uma porcaria. O ritmo do filme cansativo: piadas sem-graça que fazem os antigos filmes do Didi serem verdadeiras obras-prima do cinema de comédia, frases que eram para ter efeito, situações caricatas e constrangedoras. Parece que tudo o que se deve fazer para um filme dar errado foi jogado nesta droga de enredo. O diretor de cinema mais jovem do mundo foi um garotinho indiano de 8 anos de idade. Ele com certeza dirigiu algo melhor que isso.
Mas se você gosta de filme ruim, com roteiro bobo e todas essas “qualidades” que descrevi algumas linhas atrás, não hesite em assisti-lo: este filme é um prato cheio... de fezes! Com licença, mas agora vou assistir a Annoyng Orange no You Tube que é melhor!


Momento que me fez Pipocar no filme: Um militar escolhido a dedo pelo governo é um ‘mestre dos disfarces’, e adentra na base dos tomates disfarçado de um e começa a conviver com eles. Em um momento, ele está sentado ao lado de dois tomates junto a uma fogueira, comendo carne humana. Vira pros tomates e pergunta: “Alguém aí pode me passar o ketchup?”. Vomitei.

NOTA MECÂNICA: -1
Comentários
1 Comentários

1 comentários:

  1. Cinematograficamente é uma bosta mesmo. Mas consegui ver muita crítica interessante ai, nada de novo, que já não tenha assistido em outros filmes, mas é legal. É tão ruim que fica bom. kkkk

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