segunda-feira, 19 de março de 2012

Equilibrium


Antes da matéria, uma pequena introdução: Pouca gente que conheço já ouviu falar do filme. A verdade é que quase ninguém troca filmes lançados pela Century Fox ou Warner Bros para a assistir filmes da Lumiere, lançados aqui, pela Imagem Filmes.
Eu, sinceramente e com todo respeito, nunca fui de procurar assistir filmes dessas empresas menores e/ou nacionais, achando que as elas lançam poucos filmes bons. E dou o braço à torcer: é aí que me engano. Comecei esta critica falando disso, porque foi a solução que encontrei para me consolar, uma vez que pergunto a um monte de gente se já assistiram Equilibrium e a maioria das respostas é negativa. Não sei se esse é o motivo, mas as pessoas não sabem o que estão perdendo. Equilibrium, é incrível!
Bom, tudo bem que na capa do DVD, tem uma frase de uma fonte que desconheço (onde é que arranjaram aquela afirmação? ), dizendo “Esqueça Matrix. Este Filme vai surpreender você!”. Desconsidere a primeira oração. Grave a segunda. Óbvio que o filme não é melhor que Matrix, mas que ele é surpreedente, ele é. Mas vamos ao filme:
Equilibrium tem direção e roteiro de Kurt Wimmer (Ultraviolet e roteirista de Salt). É evidente que ele teve uma excelente ideia, mas não soube aproveitá-la. A direção é fraca, admito, mas isso não chega a estragar o filme. Acho que seria excelente se Steven Spielberg dirigisse: ele sim, saberia lidar com a história, assim como o fez em Minority Report, dando uma verdadeira aula de como dirigir filmes futuristas.
Mas sobre o que Equilibrium fala? Vejamos a sinopse: Nos primeiros anos do século XXI aconteceu a 3ª Guerra Mundial. Aqueles que sobreviveram sabiam que a humanidade jamais poderia sobreviver a uma 4ª guerra e que a natureza volátil dos humanos não podia mais ser exposta. Então uma ramificação da lei foi criada, o Clero Grammaton, cuja única tarefa é procurar e erradicar a real fonte de crueldade entre os humanos: a capacidade de sentir, pois há a crença de que as emoções foram culpadas pelos fracassos das sociedades do passado. Desta forma existe um estado totalitário, a Libria, que é comandado peloPai (Sean Pertwee), que só aparece através de telões. Foi decretado que os cidadãos devem tomar diariamente Prozium, uma droga que nivela o nível emocional. As formas de expressão criativa são contra a lei, sendo que ao violar qualquer regulamento a não-obediência é punida com a pena de morte. John Preston (Christian Bale) é um Grammaton, um oficial da elite da lei, que caça e pune os “ofensores”, além de ter poder para mandar destruir qualquer obra de arte. Um dia, acidentalmente, Preston não toma o Prozium. Pela primeira vez ele sente emoções e começa a se questionar sobre a ordem dominante.
Bom, dá pra ver que o elenco é bom. A história é boa. O visual do filme, realmente imita muito, muito, mas muito, Matrix. A história é criativa e empolgante. O desenvolver do filme, é atrativo. Christian Bale bota pra quebrar atuando, mostrando como é bom ator, e que sabe interpretar nas mais difíceis situações. Os efeitos especiais são comuns; algumas vezes falhos, mas dá pra levar. As cenas de luta (com uma arte macial criada especialmente para o filme ) no desenrolar da trama são rápidas e o melhor mesmo, vem no final. Algumas cenas são memoráveis, como a inicial com o personagem de Bale lutando no escuro, desobrindo os sentimentos ou protegendo um cachorrinho. A mensagem do filme toca, e no final de tudo, vemos um espetáculo simples, não muito original, mas belo. Muito belo.
Seja como for, o filme virou um clássico dos filmes que “ninguém nunca ouviu falar”, e eu me apaixonei perdidamente pela obra.

NOTA MECÂNICA: 8,5
Comentários
1 Comentários

1 comentários:

  1. Assisti esse filme pela 3º vez ontem (14/10/2014) e realmente ele é muito bom para a época que foi lançado e se encaixa bem hoje em dia (tenho ele em dvd e dublado) raríssimo e fora de catálogo, e as cenas de luta com armas são muito boas (creio que a arte marcial no filme se chama-se Gun-magá) destaque para a cena em que Christian Bale houve pela 1º vez em sua vida, uma sinfonia de beethoven, e a dias sem tomar a droga prozium, toda a sua emoção reprimida em anos vem a tona e ele começa a chorar...muito bom.

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