sexta-feira, 16 de março de 2012

Transformers: O Lado Oculto da Lua

Michael Bay é uma espécie de Bin Laden dos cinemas. Não, comparação muito pesada. Vejamos... Michael Bay é o homem-bomba da sétima arte. Pronto, bem melhor. Agora, vamos à explicação: por quê? Ora essas, porque todo filme dele é um estouro! Além de ser cheio de muitas, mas muitas explosões, daquelas de doer os olhos. É o titio Bay quebrando tudo, galera, com Transformers:  O Lado Oculto da Lua.

 E agora vai a notícia polêmica: o filme merece ser assistido e reassistido no cinema, mas vá mesmo pra ver o pau quebrar. Aliás, todos os Transformers tiveram esse mesmo objetivo. Em meio a tantos e tantos furos na história, aqui e acolá, o que prevalesce mesmo é a ação, ainda acompanhada de um humor-minuto exageradamente divertido e ao mesmo tempo fútil. É Bay mais uma vez fazendo filmes contraditórios!
Bom, mas chega de falatório e vamos aos pontos do filme! Primeiramente, sinopse:
Os humanos escondem um segredo: o verdadeiro motivo da corrida espacial na Guerra Fria foi a descoberta de um Transformers no lado mais escuro da lua, e a ida do homem ao espaço foi motivada por isso. E em meio a um pano de fundo mais ou menos histórico, vemos um Sam (Shia LaBeouf) desempregado, sustentado pela nova namorada, tentando achar emprego e descobrindo novas e novas tramas. Um pipocão só.
Sabe aquele tipo de filme pipocão? Que você vai pro cinema, ri, se emociona (pouco, mas dá pra no mínimo participar da dor do personagem) e é exposto a todo tipo de situação tosca pra compensar a ação imposta no filme? Taí esse novo Transformers. O pano de fundo histórico não é nada comparado ao do inteligente X-Men Primeira Classe, e cá pra nós: que negocinho tosco aquele Kennedy e aqueles filtros pra parecer filme antigo. Parece que usaram o Windows Movie Maker na edição! Nerd que é nerd sabe do que falo.
Bom, pra falar bem do filme, o 3D é fantástico. Só não espere muito coisas voando em sua cara, mas dá a sensação de profundidade desejada no filme, porreta. Como exige menos movimento da câmera (coisa que precisava acontecer, senão meu cérebro explodiria antes que acabassem os 200 e tantos minutos de filme), as cenas de ação são mais planejadas e menos apelativas, como no segundo filme da franquia.
Outra coisa que chamou a atenção como um bom ponto, foi a trilha sonora do filme. No primeiro filme, Linkin Park com "What I've Done", no segundo, novamente com "New Divide" e neste terceiro filme, outra vez LP com "Iridescent", música que fugiu um pouco do padrão hardcore que a banda vinha tomando e deu um tom dramático à trama. Seguidamente de Paramore, com a bacaninha "Monster", além de minha amada My Chemical Romance, com "The Only Hope For Me Is You", single do novo álbum, lançado no fim do ano passado. Embora não apareça a música no filme (e nem nos créditos finais), gostei de MCR ter estado na trilha. Agora, é comprar o CD na Saraiva.
Outra polêmica: sai Megan Fox e entra a Rosie Huntington-Whiteley, a mais nova namorada do Sam, com um quilo de botóx nos lábios e um pouco mais de expressão facial. A Megan Fox corria, gritava e chorava e esta nova corre, grita, chora, mostra curvas e convence Decepticons.
Resumindo a parada toda, parece que Bay é uma espécie de garoto que tem aparência de velho e maduro mas apenas uma criança. Depois de ser elogiado pelo público em geral pelos outros Transformers e receber algumas críticas construtivas, parece que ele não aprendeu nada e continua lá, fazendo um filme pra agradar a quem tá na puberdade, com: ação, ação, ação, efeitos visuais, humor-minuto (piadas desnecessárias de 60 em 60 segundos), palavrão (até mesmo na dublagem!) e sensualidade. Sai Megan Fox, entra uma atriz mais magrela, mas as roupas coladas estão lá. Até as minas que trabalham na NASA usam minissaia! Isto, meus amigos é o efeito Bay: agradando a marmanjos e repugnando críticos de cinema em geral.
Resumindo tudo isso que falei nas últimas linhas, o resultado final é o seguinte: os críticos de cinema e cinéfilos de verdade, irão ver muitos defeitos na película e achar mais um filme comercial de Bay, enquanto a massa que gosta mesmo é de ação, barulho, Linkin Park (nada contra), câmera lenta (nada contra também, sou fã do Zack Snyder), piadas e situações de teor sexual desnecessárias e humor babaca irão amar. Sério mesmo. Se você for o tipo de pessoa que gosta mesmo de mais um filme de ação e humor e não se importa  muito com detalhes técnicos, Transformers 3 é um pipocão pra você. Tá esperando o que pra ir ao cinema? 


NOTA MECÂNICA: 8,0

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