É absurdamente real o valor que os
filmes têm em diferentes épocas da história secular. Em alguns casos,
quando o filme estréia, é um imenso sucesso, e, com o passar dos anos,
se vê que ele não é tão espetacular, que há falhas no elenco, ou efeitos
especiais fracos, daqueles que a gente pensa “puxa, como aquela
maquiagem pode me enganar”, ou “nossa, como essa cena foi mal-feita e eu
não percebia!”. Ou às vezes, o filme estréia sem o mínimo de sucesso, e
com o passar dos tempos, com a mudança da época, se aprecie mais a
película, vendo-a como um grande clássico. Até hoje, quero entender em
qual destes Karatê Kid – A Hora da Verdade se encaixa.
Após ser grande sucesso nos cinemas e
entre o público jovem e adolescente (principalmente dos nerds, que
apanhavam no colégio e não conseguiam fazer com que as meninas se
apaixonassem por eles), o filme, aqui no Brasil, virou “Clássico da
Sessão da Tarde”, sendo exibido várias vezes e tornando-se um fardo
entre o novo público jovem, que diferentemente do da década de 80, hoje,
assiste filmes mais maduros e pesados, variando de Jogos Mortais (como exemplo do que eles chamam de “terror” ) a Crepúsculo
(o que eles chamam de “romance” ). Junto deste novo público, o filme,
na maioria das vezes, é mais um filme para manés, “velho, fraco e sem
efeitos especiais. Nem sangue tem!”, é o que devem pensar.
Há ainda um público mais velho, que acompanhou o original e suas
inúmeras continuações (chegando até o quarto, em que nem mais Daniel
Larusso existe, mas uma garota) e chamam o filme de clássico, dizendo
que ele serve para lembrá-los de sua infância. De fato, para mim, o
filme é um clássico. Mas não para lembrar épocas antigas. O filme é um
clássico para lembrar épocas em que filmes de luta não precisavam ter
sangue, em que histórias de amor não precisavam ter cenas de sexo, para
lembrar do antigo cinema, dos bons costumes, das boas mensagens, do bom e
velho “ Daniel, pinte a cerca”! Para isso serve o filme! Para nos dar
exemplo de como fazer filme que agrade crianças, jovens e adultos, para
compararmos com hoje e ver no que erramos! Segue a sinopse:O filme, tem direção de John G. Avildsen e roteiro de Robert Mark Kamen, e hoje é considerado sim, um clássico. A história, é original e fácil de ser identificada entre os jovens. O filme, já é esse clássico por si só e acho que não se precisa de refilmagens (embora o remake tenha sido excelente), continuações (embora as duas primeiras tenham sido boas) ou coisas do gênero.
Chegou o momento de vermos os filmes com outros olhos. Chegou o momento de saber apreciar os verdadeiros clássicos. Para mim, esta é “a hora da verdade”.
NOTA MECÂNICA: 7,5
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