terça-feira, 26 de junho de 2012

Trainspotting



Trainspotting (Sem Limites) é um filme de 1996 dirigido por Danny Boyle, bastante polêmico, devido ao consumo de drogas e sua suposta apologia (bastante subjetivo). O filme foi indicado ao Oscar 1997 por melhor roteiro adaptado e ao Independent Spirit Award, por melhor filme estrangeiro entre outras premiações.
Conta a história de cinco amigos: Renton (Ewan McGregor), Spud (Ewen Bremner) , Sick-Boy (Jonny Lee Miller), Tommy (Kevin McKidd) e Begbie (Robert Carlyle), que são jovens escoceses viciados em heroína e descontentes com o modelo socioeconômico e politico da sua nação além dos moldes que eles vão de encontro.  O filme relata o que seria o dia-a-dia punk desses jovens na década de 90 com ascensão das drogas e da vida noturna conturbada com um leve toque de homossexualismo.

Os detalhes técnicos do filme são extremamente interessantes, entre eles, o estilo de filmagem e a trilha sonora são os que em minha opinião mais se destacam, por exemplo, as “viagens” de Renton, no tapete da “Madre Superiora” (Ponto de venda de droga), além de elementos que fazem referencia a outros filmes como Taxi Driver, o corredor do bar que remete a cena do Laranja Mecânica onde Alex bebe leite com sua trupe, o desespero de Renton ao colocar um supositório de heroína (todos sabemos onde) e depois defecar.
O roteiro é muito bem “amarrado”, dando clareza às motivações das ações, deixando claro o diferencial de cada personagem, pela forma de lidarem com as situações entre outros elementos e além do mais sem perder a oportunidade  de aplicar as influencias dos outros filmes principalmente para os espectadores mais ligados.
As atuações são primorosas, por exemplo, Renton (Ewan McGregor) não é um drogado estilo “malhação”, dá pra ver que houve um comprometimento um carinho a mais na atuação, fora o sotaque escocês que cai perfeitamente. Mas o personagem que sem duvida me deixou mais impressionado foi o interpretado por (Jonny Lee Miller) Sick-boy (cara, todo mundo queria ter um amigo como ele!), percebe-se que a criatividade e talento não faltaram ao adaptador/diretor nem ao ator, mas isso se reflete a todos os personagens, cada um da sua maneira, seja ao “brigão” Begbie ao atleta promissor Tommy, basicamente eles  ilustram os tipos de jovens daquela época com seus diferentes pontos de vista sobre um vertente comum o uso das drogas.
Referencias que eu pude encontrar no filme: Laranja mecânica, Taxi driver, Três Homens em conflito, ou seja, filmes que eu amo de paixão.



Muito bom filme, apesar das criticas duras (das personalidades da época), eu achei primoroso.

NOTA MECÂNICA: 8.7

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